sábado, 29 de março de 2008

Praia 365 dias por ano!

As faltas de tempo e gosto pela escrita são notórias, não faço uma entrada há 5 meses! O meu amigo Ratov foi 21 dias á Nova Zelândia e escreveu um blogue tipo Lello Universal sobre o assunto enquanto lá esteve.

Bom, vamos ao que interessa! É para nós mediterrânicos temperados, motivo do mais emocionante júbilo, o facto de por estas paragens podermos fazer praia todos os dias do ano, do pico do húmido e quente Verão ao seco e "frio" Cacimbo. Frio entre aspas mas certo é que durante essa época muitos kaluandas sentem frio á séria e frequentemente estamos de T-shirt ao início da noite, a jantar fora numa esplanada da Ilha do Cabo por exemplo e catatonicamente reparamos no segurança de anorak vestido com a gola levantada, de gorro e luvas, defendendo-se assim dos cortantes 18 ou 19 graus célsius e da suave brisa que corre. Na verdade, um mangolê que vá á praia nessa altura é excepção e todos os outros em geral olham-nos tipo “esses pulas são malucos”!


E praias há muitas nestas centenas e centenas de quilómetros de costa a começar logo pela própria Ilha do Cabo, também conhecida por Ilha de Luanda embora estas nem sempre apresentem as melhores condições de higiene quer na areia quer na água, encontrando-se por vezes fedorentas e repletas de detritos de todas as naturezas, não só pelo continuo arremessar de lixo para a praia pelos habitantes dos musseques da Ilha, mas também pela presença constante de uma frota de navios que fundeados ao largo aguardam a sua vez de descarregaram as suas mercadorias no apertado e subdimensionado porto de Luanda fonte de tantas preocupações e desesperos.


Outra alternativa para quem está na capital é o Mussulo. Trata-se de um istmo com 40km de comprimento e cuja ponta fica em frente á Corimba na zona Sul da cidade de Luanda e onde praticamente não circulam veículos a não ser algumas motos 4.

O Mussulo oferece dois tipos distintos de praia. Uma no lado interior, espécie de grande lago de água salgada e sem ondas. Apesar do seu aspecto quieto, tem grandes correntes quando a maré enche ou vaza. A areia é pouca e tende a ser escura. O lado interior do Mussulo tem casas contíguas desde a ponta até onde a vista alcança assim como alguns resorts com bungalows que o tornam sobrepovoado para tão pouca areia e águas tão quietas. É muito furo, muita fossa asséptica, muito lixo sem recolha, etc.


Tenho no entanto que confessar que o Barssulo, localizado na parte interior mesmo em frente á Ilha dos Padres, é um grande spot, espaço com muito bom gosto, da decoração á música que é do melhor que se ouve na banda...



Por acaso, no dia em que lá estive com os meus companheiros exploradores, no regresso ao fim do dia, revivemos ao vivo e a cores, a recriação do grande dilúvio bíblico que levou á uma tal Arca ao monte Ararat. Connosco vinham uma espécie de 3 Marias nossas irmãs transatlânticas que chegaram a transparecer algum pânico nas alvas faces. Mas tudo acabou em bem tendo sido devo dizê-lo, a única vez que senti verdadeiramente frio desde que pus o pé nesta terra. Nunca tinha imaginado que uma t-shirt pudesse reter tanta água da chuva.


Mas é na contra-costa que se encontra esse pedacinho de paraíso, o Cocktail Bar do Oscar. A praia, a água, a simpatia do anfitrião, as caipirinhas, a picanha e o caldinho de quitetas (espécie de conquilhas), justificam todos e cada um dos metros que são necessários palmilhar pela estrada de terra vermelha que atravessa o istmo de um lado ao outro partindo da Capitania. As imagens que se seguem são do bar antigo que foi levado literalmente pelo mar, agora foi substituído por um ainda maior e mais aprazível.


Outra expedição levou-nos á barra do Dande. Esta fica a norte de Luanda e tem uma praia também ela sensacional, embora a água escura devido ás enormes quantidades de suspensão arrastadas pelo rio incomode alguns banhistas. Foi o único dia em que de facto as condições atmosféricas não convidavam a banhos, assim a nossa comitiva multi-business quedou-se pelas bitolas e lagostas.


Por fim a até agora mais deslumbrante experiência. A sul de Benguela ficam a Baía Azul e a Caotinha.

Ficam só as imagens, não carecem comentários.


Aliás, fora de Luanda é tudo diferente…

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Boas Pai Grande,

Espero que agora tenhas tempoe paciencia para dar continuidade ao blog que a alguns diz algo.

Grande e Vardadeiro Pai Grande...

Obrigado por tudo.

Zé Chato

6 de agosto de 2009 às 22:57  
Anonymous Anónimo disse...

Visão prazeroza neste blogue, opiniôes deste modo emotivam aos que observar neste sítio .....
Escreve muito mais do teu espaço, a todos os teus cybernautas.

17 de fevereiro de 2011 às 12:50  
Anonymous Anónimo disse...

Olá fascinante esta página parece muito posicionado.........bom trabalho :)
Adorei faz mais posts deste modo !!

23 de fevereiro de 2011 às 01:50  

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